segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A unificação italiana



Entre os diversos Estados italianos, o mais capaz de liderar a unificação era o reino de Piemonte-Sardenha. O que ele tinha que os outros não tinham? Era o mais industrializado de todos. Além disso, seu regime era de monarquia constitucional. Lá, a burguesia era mais rica e livre para lutar.
As principais ações foram controladas pelo ministro de Piemonte, Cavour, latifundiário, banqueiro, dono de fábrica e economista. Em 1858, ele m
ontou uma aliança com o imperador da França, Napoleão III, que também não simpatizava muito com os austríacos. A França tinha prometido ajudar Piemonte no caso de uma guerra contra a Áustria. A tal guerra começou em 1859. Apesar de a França ter retirado sei apoio com medo de uma intervenção da Prússia, que estava formando um grande exército, a Itália conseguiu vitórias importantes. A Lombardia passava a ser italiana, embora Veneza continuasse austríaca.
Enquanto essas coisas aconteciam, o sul da Itália também se mobilizava. O líder de lá não era um nobre como Cavour, mas um homem do povo chamado Giuseppe Garibaldi. Liderando um exército de camponeses que acreditavam numa unificação que lhes desse terras e direitos democráticos, Garibaldi derrotou o rei de Nápoles, um membro da dinastia francesa Bourbon.

As lutas contra a Áustria tinham estimulado os reinos de Toscana, Parma, Romanha e Módena a se unir ao reino de Piemonte. Em 1866, estourou uma guerra entre a Áustria e a Prússia. A Itália aproveitou e ficou do lado da Prússia. Assim eu a Áustria foi derrotada, Piemonte tratou logo de engolir Veneza.

As lutas prosseguiram e Garibaldi passou a controlar o sul da Itália. Entretanto, seu movimento não possuía força capaz de assumir o governo de todo o país. Assim, Garibaldi teve que reconh
ecer sua submissão diante do rei de Piemonte-Sardenha.
Quando estourou a guerra entre a França e a Prússia, em 1870, Cavour novamente botou a Itália apoiando o lado mais
forte. No caso, os alemães prussianos. Os franceses tinham tropas sediadas em Roma pare que os italianos não tomassem posse dos territórios do papa. Diante da guerra com os prussianos, tiveram que se retirar. Então, o exército nacional italiano ocupou Roma e o papa, furioso, teve que aceitar o fim do seu poder. A luta da Itália deu certo. Naquele mesmo ano de 1870, ela completava sua unificação.




Garibaldi,
o herói do povo.
Giuseppe Garibaldi (1807-1882) descendia de uma família

de marinheiros. Ele próprio, com apenas dez anos de idade, começou a trabalhar como grumete (aprendiz) em navios. Ainda jovem, participou das lutas nacionais na Itália junto com os seguidores do democrata Mazzini. Exilado na América do Sul, não desistiu de lutar. Participou da Guerra dos Farrapos (1835-1845) no Brasil, uma revolta no Rio Grande do Sul e Santa Catarina contra os excessos do poder centralizado de D. Pedro II. Foi no Brasil que ele se apaixonou e se casou com Anita Garibaldi, uma bela morena catarinense. De volta à Itália, participou da revolução de 1848 e acabou sendo preso. De novo o exílio e de novo o retorno: em 1860, Garibaldi formava um exército de milhares de camponeses (os camisas vermelhas) na Sicília. Esse homem incansável, aventureiro e cativante não descansaria enquanto não libertasse sua pátria.



Qual a relação entre a guerra franco-prussiana e a unificação italiana?

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